sexta-feira, 23 de julho de 2010

Manoel de Barros

“Acho que o quintal onde a gente brincou é maior do que a cidade. A gente só descobre isso depois de grande. A gente descobre que o tamanho das coisas há que ser medido pela intimidade que temos com as coisas. Há de ser como acontece com o amor. Assim, as pedrinhas do nosso quintal são sempre maiores do que as outras pedras do mundo. Justo pelo motivo da intimidade.”



Poesia é uma das coisas mais lindas que existe, né?


Como é que pode? O poeta vê e sente as coisas da vida, organiza as idéias e as palavras e consegue apresentar pra gente o mundo com tanta beleza... Ler poesia é ver no mundo o que a gente não tinha visto ainda – ou tinha visto, mas não tinha conseguido 'dar nome aos bois’.


Um dos poetas que a gente gosta muuuuito é o Manoel de Barros. Ele mora no interior do Mato Grosso do Sul, pertinho do Pantanal. É um senhor com seus oitenta anos e alma de menino de 5!
Pra você ter uma idéia, era pra ele escrever três livros com as memórias dele: um sobre a infância, outro sobre a mocidade e outro sobre a velhice. Mas ele não conseguiu!! Escreveu todos os três sobre a infância! Por quê? Palavras do poeta:
“Eu só tive infância. Me abasteço na infância e minha palavra é Bem-de-raíz e bebe na fonte do ser. Queria que nossas caixinhas deixassem nos leitores um gosto de fonte.”


São três livros lindos. Tem a forma de caixinha, chamam “Memórias Inventadas” e foram editados pela Editora Planeta do Brasil. É em um deles que está a trecho que coloquei no começo do post ( poema “Achadouros”, do livro Memórias Inventadas – A infância).
Ler a poesia do Manoel é que nem receber carinho de criança: faz bem demais e é de uma sabedoria danada!!

terça-feira, 20 de julho de 2010

conseguimos!


Eu e Aline, depois de uma manhã quebrando a cachola sobre como a gente faz pra melhorar a comunicação e divulgação do trabalho do CantaVento, chegamos a uma briiiiilhante conclusão: um blog!!!!
foto de Mário EGJ, CantaVento no Arraiá Matuá.